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Cortina de ferro


As formas das nuvens
Como personagens infantis
Tão reais na inexistência
Vivos em nossas cabeças,

Como brincadeiras de dominó
Uma queda após a outra
Até restar apenas
A prisão doutrinadora,

Tenho as mãos estendidas
Mas rejeitam a ajuda
Mesmo estando no penhasco
 A beira do esquecimento
Perdido e sem equilíbrio,
Tenho o coração aberto
Mas não querem o calor
Mesmo estando no deserto
De algum pólo do planeta
Ferido, com fome e com frio,

Tenho sonhos
mas é fraqueza que sinto,

O vento nos bambuzais
Como se criasse vida
Como se gritasse ao mundo
Tudo o que não queremos ouvir,

Como telefone com barbante
Qualquer elemento é obstáculo
As mensagens distorcidas
E a criatividade egocentrista,

Tenho as ferramentas
Só me resta aprender a usar.







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A arte de viver ¨Fragmentado o sonho antes gigantesco Visível o descaso raso e incoerente Que descuidado insiste na face maquiada Da beleza pitoresca da arte inacabada,¨ Encontrei em mim vestígios Sem realce, nem brilho, Cheio de vícios, Procurei ter uma outra visão do mundo Desacreditar de quase tudo, Busquei verdades no telejornal  Conquistei alguém especial, Procurei entender a teoria do caos Busquei provar a todos que sou normal Mas isso é como ter asas e não poder voar Sentir tanta dor e não poder chorar, É a arte de viver, é a face do querer... ¨Fragmentado o sonho antes gigantesco Visível o descaso raso e incoerente Que descuidado insiste na face maquiada Da beleza pitoresca da arte inacabada,¨

Clave de sol nascente

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