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Mostrando postagens de agosto, 2016
Cortina de ferro As formas das nuvens Como personagens infantis Tão reais na inexistência Vivos em nossas cabeças, Como brincadeiras de dominó Uma queda após a outra Até restar apenas A prisão doutrinadora, Tenho as mãos estendidas Mas rejeitam a ajuda Mesmo estando no penhasco  A beira do esquecimento Perdido e sem equilíbrio, Tenho o coração aberto Mas não querem o calor Mesmo estando no deserto De algum pólo do planeta Ferido, com fome e com frio, Tenho sonhos mas é fraqueza que sinto, O vento nos bambuzais Como se criasse vida Como se gritasse ao mundo Tudo o que não queremos ouvir, Como telefone com barbante Qualquer elemento é obstáculo As mensagens distorcidas E a criatividade egocentrista, Tenho as ferramentas Só me resta aprender a usar.
               Liga dos lendários Confundi com cansaço O acordar diário A repetição, o acaso, O mais inútil relicário, Pensar que tem milhões Mas no final ninguém ao lado, Um muro de ilusões Intransponível, adubado, As teclas já sem tom Formando frases ao acaso, Nos fones o mesmo som Trazendo coisas do passado, O que há de errado comigo? Não consigo mais ler um livro Sou indiferente as notícias Esporte, tragédia ou política, O que há de errado com todos? Conhecem um pouco de tudo Mas não sabem a regra do jogo Mais jogado em todo o mundo, Confundi com cansaço Mas é apenas rotina Que consome os meus dias.