Cortina de ferro As formas das nuvens Como personagens infantis Tão reais na inexistência Vivos em nossas cabeças, Como brincadeiras de dominó Uma queda após a outra Até restar apenas A prisão doutrinadora, Tenho as mãos estendidas Mas rejeitam a ajuda Mesmo estando no penhasco A beira do esquecimento Perdido e sem equilíbrio, Tenho o coração aberto Mas não querem o calor Mesmo estando no deserto De algum pólo do planeta Ferido, com fome e com frio, Tenho sonhos mas é fraqueza que sinto, O vento nos bambuzais Como se criasse vida Como se gritasse ao mundo Tudo o que não queremos ouvir, Como telefone com barbante Qualquer elemento é obstáculo As mensagens distorcidas E a criatividade egocentrista, Tenho as ferramentas Só me resta aprender a usar.
Um site dedicado aos poetas solitários e esquecidos desse mundo, com poemas que desafiam a rotina que nos consome, poemas que buscam o que ainda resta da consciência humana, poemas que cantam a liberdade em versos livres.