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Mostrando postagens de 2015

Epifania

Epifania Já não é a mesma essência Escondida nos olhos da criança Nas engrenagens a ausência Da moralidade, da confiança, Nem seu Karma, nem sua sina Acorrentando corações em doutrinas Me retifico, eu me recuso Não vou mais nesse curso... O canto é um chamado Distante, ecoando A chegada em seu destino Em plantações de esperança, Criei meu próprio mundo Pois no seu existe o apocalipse, Jaz o fim resplandecente Da aurora de nossa existência, Ninguém nos acompanha em nossa caminhada Só nos enxergam quando chegamos, Nem retorno, nem fim, Nem formas espectrais, Um mundo novo se abrindo Sem karma, sem sina, tudo transmuta... Cada átomo se transforma Sem escuridão ou luz, Tudo livre de restrições Sem deuses ou escravos, Simplesmente livre...                                                   Túlio Cardoso                                                                                                    Clayton Cunha

Tributo

Marselhesa Há uma luz Mas não são estrelas, Há uma explosão Mas não é réveillon, Cicatrizes do desespero Cabeças baixas em respeito Aos nossos filhos Criação do terrorismo, Há uma criança olhando pra mim Não há medo em seu olhar, Dos corredores ouviam-se o hino Dizendo que todos são soldados E ninguém será mestre de seus destinos, Os braços que salvavam São os mesmos braços vingativos Onde ninguém sabe mais amar, Há uma criança olhando pra mim Não há medo em seu olhar, Não há entendimento Diante sepulturas de cimento, Não há compreen são Do sangue derramado ao chão, Avante, filhos da pátria Levantar os corpos abandonados Emergir na culpa do pecado Apontar para todos os errados A essa nova horda de escravos Que marcham inseguros Mesmo atrás de muros Que servem apenas para esconder A mesma hipocrisia de nossos ancestrais, Há uma criança olhando pra mim Já não há nada em seu olhar Profundo, vazio, s

Uma nova canção

Templos de luz Vem da essência Da pureza de um novo tempo Na beleza do momento De um renascimento, Vem, use minha inocência Eu compro a sua dor, Lhe entrego minha força E agora me salve por favor, Então fechei os olhos Para me acostumar com a escuridão, Vem da infância Por trás das grades do portão Alguém que via tudo de cima A contemplar a solidão, Vem, não existe distância Que vença um sonhador Lhe entrego minha força E agora me salve por favor, Se luz demais pode cegar Então os dias cinzas são melhores que a escuridão,
                    Dominus vitae Não se esforce tanto Seus olhos não poderão ver O que realmente te aflige O que te faz questionar todas as manhãs, Se não encontrou o que queria Que tal na próxima cadeia de montanhas É preciso atravessar a ponte Para alcançar novos horizontes, Somos poeira das estrelas apagadas Gotas de luz em um mar de escuridão Crianças em meio as grandes cruzadas Hoje consumidas pelo chão, Sejam bem-vindos a uma outra visão do mundo, Um olhar atento aos confins de nossa consciência, Com outras perspectivas, outros ângulos, outras interrogações... Sejam bem-vindos a um lugar  Cheio de belezas,sombras e sangue, A um lugar onde nunca esteve, Mas pode jurar que já esteve lá... Sejam bem-vindos humanos, Anjos, senhores do tempo, Bem-vindos os deuses do infinito, Os fracos de espírito,  Os donos de nossa fé,  Os assassinos do amor,  Os criadores de lendas, Os que são a lenda... Somos poeira
Lágrimas de sangue O concreto, como um manto Se instaurou sobre a cidade Sobre nossas vidas, sobre o encanto Tornou cinza a multicolorida felicidade, Cadê a criança que estava aqui? --Foi brincar na estrada da morte... A brincadeira acabou E a vida também Estamos a beira da loucura A culpa é de ninguém, Estamos procurando a cura Para todo esse caos , Essa ferida na sociedade Escondida com sangue sagrado, Furtaram todos os espaços Uma realidade concreta, absoluta Estão morrendo nossas cidades Caem lágrimas ácidas do céu, Contemplem a mais antiga profissão Perdendo mais do que podem ganhar, O feto torna-se humano E quando a criança nascer Aprenderá a temer Hades Esquecendo da existência, Com uma seringa na mão Sem lar, sete anos , Cigarros, bebidas, lá vai... Deixe-o se libertar, Brincando com o canivete Na estrada da morte , Mais sangue para l