Lágrimas de sangue
O concreto, como um manto
Se instaurou sobre a cidade
Sobre nossas vidas, sobre o encanto
Tornou cinza a multicolorida felicidade,
Cadê a criança que estava aqui?
--Foi brincar na estrada da morte...
A brincadeira acabou
E a vida também
Estamos a beira da loucura
A culpa é de ninguém,
Estamos procurando a cura
Para todo esse caos
,
Essa ferida na sociedade
Escondida com sangue sagrado,
Furtaram todos os espaços
Uma realidade concreta, absoluta
Estão morrendo nossas cidades
Caem lágrimas ácidas do céu,
Contemplem a mais antiga profissão
Perdendo mais do que podem ganhar,
O feto torna-se humano
E quando a criança nascer
Aprenderá a temer Hades
Esquecendo da existência,
Com uma seringa na mão
Sem lar, sete anos
,
Cigarros, bebidas, lá vai...
Deixe-o se libertar,
Brincando com o canivete
Na estrada da morte
,
Mais sangue para limpar
Mais doente a sociedade está,
Cadê a criança que estava aqui?
--Foi vender seus sonhos...
Estão morrendo as cidades
Caem lágrimas vermelhas do céu.
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