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Mostrando postagens de dezembro, 2014
Renascimento Antes de ir ele me ensinou a viver A não pensar tanto no amanhã Abrir os olhos ao que não podia ver, Parecia loucura, mas era honra Era feito eco que ecoa vida pura Não vou deixar calarem a sua voz, Das montanhas só a companhia E das margens o contexto final Vivendo as noites igualmente aos dias, Tão pouco para a felicidade Ser feliz é ter o que quer E era pouco, tão pouco... As vezes as lágrimas vinham ao acaso Mas era o riso entre a fumaça Misturado ao álcool perfumado, Ao reunir os verdadeiros amigos Posso te ver, conversar contigo Pois você vive em minha memória, Levarei teu nome para a eternidade E as coisas simples que vivemos Que era pouco, muito, era tudo.
Fantasmas da existência As árvores formam um túnel As folhas caem infinitas Entre os galhos feches de luz E o corpo está ali, Pássaros constroem seus ninhos Formigas em fila serpenteiam O vento levanta grãos de areia E o corpo está ali, A chuva vem calma A água condensa-se num vermelho claro O céu escureceu E o corpo está ali, O sereno forma gotas Translúcidas, lúcidas O inverno sempre é triste Lágrimas, lástimas... O mês de maio passa lentamente As noites são mais longas Crianças brincam no jardim E o corpo está ali, Pessoas começam a chegar Murmúrios, cochichos Olhos assustados são juízes E o corpo está ali, Respira-se um ar fúnebre Polícia, bombeiros, repórteres Mentiras, teorias, humor E o corpo está ali, Há um vulto distante Parado, frio, humano No país inteiro, só uma lágrima caiu Pelo corpo que estava ali...
Estigmas de sentinelas Estou andando sozinho Pra lugar algum E quando chegar em casa Notar todo o silêncio Que se faz entre o caos... Quando a tristeza chegar Ouvir um pouco de Legião E descansar até mais tarde Esperar o sol se pôr Pensando que nada é assim... Notar aquele dia Não como mais um Mas como a contagem De meus últimos minutos Em realidade azuis... Quando percebi em você Um olhar tão profundo Antecipei um gesto puro Sentinelas ou espantalhos Estigma ou sacramento... O teu quarto tem cheiro de vício Meu amor foi um engano Sexo, drogas, dinheiro, Nada compra uma amizade E você me diz que tanto faz... Estou andando sozinho E quem não está? Quando chegar em casa Só quero um banho de poesia E um porre de realidade... Quando a tristeza chegar Entender aquelas palavras E mergulhar em mim Esperar o sol nascer Despertar de um pesadelo... Notar mais um dia Como o início de um fim Tomar um
Imper feição Veremos quem mais uma vez errou E aquele que acertou sem querer Aquele que repetiu o que foi dito Por mais complexo que possa parecer, Foi além, além do desconhecido E nunca regressou por ser esquecido, Vejo a morte independente da vida; Vejo uma rua com um futuro desastre; Vejo milhares de pessoas em abrigos; Me deixaram lado a lado com o horror Então decidi ficar face a face, A sabedoria traz tristeza... Está nas escrituras, nos pergaminhos Nos distantes passos desses caminhos Já mapeados em cada coração Em cada momento, cada distração, E nem mesmo sei  Por que lhe digo minhas próprias imperfeições.
Imóvel Vamos falar de nossas vidas Das lembranças mais queridas De mais um estigma Vamos falar de despedida, O que mais de bonito tenho para lhe dizer? O que tenho mais para lhe oferecer? Então lhe mostro a beleza Que se esconde em seus olhos Tão solene, cheio de purezas Podem ver além da certeza, Então lhe ofereço mais um verso Não desses que serão lidos e descartados Mas palavras que dizem o inverso Daqueles que fingem estar ao seu lado, Quando se sentir só Lembre-se daquele que velou teu sono Lembre-se daquele que aparou sua queda Lembre-se apenas de quem somos, Que sonhos vou compartilhar com você? Para qual dos meus erros vou pedir perdão? Então compartilho o meu sonho de ser feliz Por que somos dois numa só alma E estou tentando não me perder em mim, Só preciso de amor, compreensão e calma, Então peço perdão por não saber perdoar E o que mais temo em minha vida São os erros que ainda vou cometer Não terá c
Elo perdido Instrumento desafinado A voz é um sussurro O silêncio é aliado Da existência banal, Da inquietude das tardes Em domingos repetidos, Invisíveis aos outros Invisíveis para mim, Eu já sei o motivo Pelo qual estou aqui, Aqui o tempo paira no ar Como nuvens sem formas Para alguém sem criatividade, Que lugar é esse? Só mais uma cidade Rodeada pela insanidade De continuar a existir, A mente sem proteção Gravando cenas de destruição, Sendo cenas tão normais A mesma ficção real Que sempre nos cercou, Visitantes dos novos museus Com as mais novas antiguidades Que revelam o porque estamos aqui, Invisíveis aos outros Invisíveis para mim...
                                                    Criaturas Descrevo a face do ódio É feito com pedaços do céu Tem insanidade nos olhos Escondidos pelo véu, É tão profundo que não há luz Não há calor, não há vida E essa fé que nos conduz Não passa da mesma cruz, Sou aquele que te faz sangrar Sou o desejo da morte Sou destino e sou sorte Tenho sonhos para sonhar, No deserto eu sou gelo Sou espectro solar Estou só por que quero Então não venha me perturbar, Dividindo a solidão humana Existente desde os primórdios, Dividindo a esperança, a chama Existente em cada coração, Sou general dos exércitos do leste E não gosto de pessoas Sou a malária, o chagas, a peste Mas também sou as coisas boas, Pássaros vieram até mim Não são especiais, não são canoros Mas existem, e vieram até mim Então deixa... Não consigo vencer os dias apenas com palavras bonitas.
The religions of men Minha mente trabalha com tal intensidade Que os relâmpagos e trovões Parecem nascerem entre os pensamentos, O que busco são simplesmente razões São meros conceitos de outros tempos São o que eu chamo de perfeições, Sinto como se finalmente entendesse o amor Sinto realmente o fim de todo o rancor Só não sinto a alegria que todos sentem, Entender o amor não é amar E isso um dia vai me enganar Como separar entendimento de sentimento? E como tirar de mim um amor prisioneiro? Tocar o ódio não é odiar E isso um dia vai me enganar Como vencer algo tão forte quanto a paixão? Como chegar tão perto e não se entregar? O mundo abriga a humanidade E é aqui que a humanidade descansa E se prepara para recomeçar, O que busco são dilemas, ditados, lendas São simples sentidos comuns e bonitos São o que chamo de beleza natural, Sinto como se finalmente esquecesse a dor Sinto realmente o fim desse terror Que todos um dia sentiram e temeram,
Humanos humanos Tenho medo de minhas palavras Penso em tudo que não fiz E me esqueço... Quando não estiver mais aqui Lembrem se do que quis E não se esqueçam... Nem tudo foi consumado Existem caminhos E existem pessoas Para trilhar esses caminhos, Existe esperança E existem crianças Para começar diferente, Sei que não será de repente Que o caos vai se acalmar, E sei que um dia a gente Terá muito para repensar, Somos o próprio caos E em consequência desse mal Nos tiram a chance de viver, O caminho é bem mais árduo Para quem se libertar Mas é o caminho real, Meus amigos descansam sem olhos Não conseguem ver o mar de sangue De nossos ancestrais, Das pessoas que morreram  Para aliviar a dor do mundo, De quem morreu para salvar o herói De quem um dia sacrificou-se por nós, Vem, que as portas da realidade estão abertas  E brilham novamente Tentando ofuscar tais ilusões que habitam em nossos corações, Vem
Vou ao vento Às vezes vejo tudo de cima Mas é preciso contemplar a solidão, Às vezes não percebemos Que a resposta está ali Na calçada, na esquina No poema, em uma rima, Às vezes duvido da vida Mas me pego com os pés no chão, Às vezes não percebemos  Qual a pergunta a ser dita Que respostas necessita Ou qual delas aceitaria...

Correntezas do tempo

Esse site foi lançado por um sussurro de sonhos antigos que insistem em atormentar o sonhador, tem como objetivo divulgar o trabalho de uma vida, poemas ocultos, realistas, modernos, medievais... Publicações diárias e inéditas. Que corra as correntezas do tempo e nos traga obras primas.