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Criaturas

Descrevo a face do ódio
É feito com pedaços do céu
Tem insanidade nos olhos
Escondidos pelo véu,
É tão profundo que não há luz
Não há calor, não há vida
E essa fé que nos conduz
Não passa da mesma cruz,

Sou aquele que te faz sangrar
Sou o desejo da morte
Sou destino e sou sorte
Tenho sonhos para sonhar,
No deserto eu sou gelo
Sou espectro solar
Estou só por que quero
Então não venha me perturbar,

Dividindo a solidão humana
Existente desde os primórdios,

Dividindo a esperança, a chama
Existente em cada coração,

Sou general dos exércitos do leste
E não gosto de pessoas
Sou a malária, o chagas, a peste
Mas também sou as coisas boas,

Pássaros vieram até mim
Não são especiais, não são canoros
Mas existem, e vieram até mim
Então deixa...

Não consigo vencer os dias apenas com palavras bonitas.

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Concentração Até onde vai a maldade humana? Até quando vamos caminhar na lama? São as chamas que consome a carne viva É a dependência vital de sangue fresco O lançamento de toxinas em ogivas A representação do ato pitoresco, O escárnio dos olhares poderosos A indiferença às artes primordiais As crenças, seitas e ritos odiosos A individualidade das decisões finais, Até onde vai a maldade humana? Até quando vamos caminhar na lama? A moradia forçada em todo coração As fibras separadas por lâminas ideológicas O abandono de quem prometeu proteção A degradação ambiental metódica, O abuso incondicional dos inocentes Os atos milimetricamente impensados As notícias medievais recentes As correntes nos pensamentos dos cansados, Até onde vai a maldade humana? Até quando vamos caminhar na lama?
A arte de viver ¨Fragmentado o sonho antes gigantesco Visível o descaso raso e incoerente Que descuidado insiste na face maquiada Da beleza pitoresca da arte inacabada,¨ Encontrei em mim vestígios Sem realce, nem brilho, Cheio de vícios, Procurei ter uma outra visão do mundo Desacreditar de quase tudo, Busquei verdades no telejornal  Conquistei alguém especial, Procurei entender a teoria do caos Busquei provar a todos que sou normal Mas isso é como ter asas e não poder voar Sentir tanta dor e não poder chorar, É a arte de viver, é a face do querer... ¨Fragmentado o sonho antes gigantesco Visível o descaso raso e incoerente Que descuidado insiste na face maquiada Da beleza pitoresca da arte inacabada,¨
Levante e me ilumine Dói, dói muito Dói tanto que chega a amortecer E já não sinto mais nada. Não há como dividir o mesmo horizonte Já que olhamos para lados opostos E sua decisão já foi concretizada Só não quer largar as coisas que está acostumada.